Perguntas de Iniciantes

A ideia desse post é consolidar uma série de perguntas feitas por novos donos e pessoas iniciantes no meio DSM.

O que significa DSM?
DSM é uma sigla em inglês para Diamond-Star Motors, uma parceria entre a Mitsubishi e a Chrysler para a produção de carros. Os carros que são fruto dessa parceria, são chamados por nós de DSM.

O que aconteceu com a DSM?
A união foi desfeita em 1993 logo após o design e o término do projeto da geração seguinte (1995).

O que aconteceu com a marca Eagle?
A marca foi fagocitada por companhias maiores e deixou de existir.

O que é 1G?
1G é como chamamos os Eclipses de primeira geração. Ou seja, os que foram fabricados entre 1990 e 1994.

O que é 2G?
2G é como chamamos os Eclipses de segunda geração. Ou seja, os que foram fabricados entre 1995 e 1999.

O que é 3G?
É como chamamos os Eclipses de terceira geração. Fabricados entre 2000 e 2005.

O que é um Eclipse Spyder?
É como chamamos os modelos conversíveis.

Qual é o motor do meu carro?
Bem, basicamente, encontramos as seguintes motorizações:
1G:
4G37 SOHC 1.8 (Modelo RS)
4G63 DOHC 2.0 (Modelo GS, aspirado)
4G63 DOHC 2.0 (Todos os modelos turbo)

Lembrando que os 1G mais antigos, possuem motor 6 bolt, caracterizado por ser mais resistente.

2G:
D420A (Modelo Aspirado - RS e GS)
4G64 (Spyder, Aspirado)
4G63T (GST e GSX)

Qual a velocidade máxima de um Eclipse?
O eclipse é limitado de fábrica a 225km/h

Qual o corte de giro de um Eclipse?
O corte original é em 7250RPM

Quais as diferenças que os eclipses apresentam de acordo com o ano?

1990
Ano de inauguração
Faróis Escamoteáveis
Todas as ECU têm Eproms
1991
A maioria das ECU têm Eproms
Primeiro modelo com ABS disponível.
ABS não disponível com LSD
Upgrade no material das rodas
1992
Fim dos faróis escamoteáveis
Poucas ECU possuem Eproms
ABS disponível mesmo com LSD
Em Abril, o motor muda para a versao 7-bolt.
1993
O modelo de dois pistoes de freio chega nas versões turbo.
Todos vêm com motor 7 bolt
Nenhuma ECU tem Eprom
1994
Todos os carros começam a obedecer as leis de emissões da Califórnia
Último ano dos Eclipse 1G
1995
Ano inaugural dos 2G
Mudanças significativas nos motores, elétrica e parte externa.
Nova transmissão
Todas as ECU possuem Eprom
Modelos aspirados baseados no motor 420 da Chrysler ao invés do motor Mitsubishi
OBD-2 vêm por padrão, assim como as duas sondas lambda.
Mitsubishi começa a utilizar virabrequins de qualidade inferior, levando a problemas crônicos de crankwalk.
1996
O primeiro ano do modelo Spyder
ECU sem Eprom
1997
Mudanças de body kit nos modelos.
Pequenas mudanças na ECU
1998
Pequenas mudanças na ECU
Após vários anos, Mitsubishi finalmente faz um recall nas transfer case das versoes GSX
1999
O último ano da segunda geração

Eu quero comprar um Eclipse, qual ano ou modelo eu devo pegar?
Essa é uma pergunta complicada pois aqui entram vários gostos pessoais. A decisão deve ser tomada com base em fatores estéticos, sonhos, utilização do carro, entre outros.
O mais importante é que você faça uma boa compra e tenha certeza de todos os problemas do carro (caso eles existam) antes de entrar nessa empreitada.

Parece que muitos propietários reclamam que é um carro problemático, isso é verdade?
Assim como todos os carros do mundo (especialmente os que já têm uma idade avançada), o Eclipse em todas as suas gerações tem determinados problemas crônicos.
A segunda geração, que é a mais icônica, sofre em quase 30% dos casos, o problema crônico do crankwalk. Um erro de projeto aliado a materiais de fábrica de baixa qualidade, permite que o virabrequim se desloque axialmente. Essa folga é conhecida por crankwalk. Causa diversos problemas no carro. E pode ser resolvido facilmente com a troca das bronzinas caso seja diagnosticado cedo.
Além disso existem outros problemas crônicos como as maçanetas e alguns acabamentos.
No mais, é um carro extremamente confiável, porém, de manutenção cara para o preço do carro.
Um eclipse pode ser facilmente encontrado no Brasil em abril de 2020 entre 25 e 40 mil reais, mas o mais importante é que o dono tenha ciência de que ele não tem os mesmos custos de manutenção de um carro nacional usado de 40 mil reais.
Além disso, a falta de mão de obra especializada é um sério problema em nosso país na hora de manter um carro importado, de 25 anos de idade e que geralmente precisa de muitos serviços.

Quanto de potência eu posso colocar no carro sem ter que fazer nenhuma troca de peça?
Infelizmente, sem trocar absolutamente nada, o máximo que você poderá fazer é levar a turbina ao máximo, com aproximadamente 1.5 bar e chegar a cerca de 260 cavalos no motor. Para qualquer coisa além disso, você precisará de upgrades de injeção, controle de mistura, bicos, bomba, rewire da bomba, dentre outros.

Quanto as peças internas do motor aguentam?
Testes ao longo do mundo sugerem que o motor 100% original e saudável aguentam de forma confiável cerca de 400 cavalos. Mas é importante lembrar que todo aumento de potência sugere redução de durabilidade. Então, um carro com motor original e 400 cavalos, talvez dure substancialmente menos que um motor original considerando as mesmas condições de uso.



Espero que gostem do tópico e sintam-se à vontade para fazer mais perguntas nas respostas para que eu possa ir melhorando esse nosso tópico para iniciantes!

Muito bom, Marcelo!

Vai ajudar bastante os novatos a terem um norte para entrar nesse mundo, hehehe.